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Reflexão da Quaresma
Segunda-Feira da quinta semana da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

É quando nos despedimos de alguém que começamos a entender o que o tempo passado junto realmente quis dizer. O final de algo nos permite ver o todo, começo, meio e fim, e seu significado é mais fácil de ser entendido. Podemos sentir tristeza pela separação ou pela perda prestes a ocorrer. Podemos também sentir algumas oportunidades perdidas, o que faz com que sintamos não apenas termos passados momentos maravilhosos juntos, mas também que algo está incompleto e há um vestígio potencial do que não foi realizado.

Talvez seja por isso que as despedidas irlandesas demoram tanto, para que as pessoas tenham tempo para refletir sobre todos esses sabores de significado antes de partirem. Mas, provavelmente também não seja isso, talvez apenas gostem de conversar, e as pessoas tendem a falar mais no final porque pode ser que não haja outra oportunidade.

Dizer adeus – como Jesus está fazendo em muitas das passagens das Escrituras que leremos entre agora e a Semana Santa – a semana do longo adeus – nos impressiona porque o que passou pode nunca mais se repetir. Podemos dizer ‘au revoir’ ou ‘hasta la vista’ ou ‘até breve’ – mas saibamos que, se e quando o fizermos, seremos pessoas diferentes. Nós nos reconheceremos, mas quanto poderá ter sido esquecido, descartado ou terá desaparecido completamente das páginas da memória. De certo modo, então, em cada reunião futura começaremos de novo.

Cada despedida é uma morte sofrida na esperança de uma ressurreição. Mas a certeza da esperança – que é a fé – não significa que a morte não transforme e transfigure tudo. Compreensivelmente dizemos: ‘Não vamos esperar tanto para nos vermos de novo.’

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Reflexão da Quaresma
Quinto Domingo da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

A Quaresma começa com a história tribal do Êxodo e conclui com o mito sendo vivido na pessoa de Jesus. A partir de hoje, as leituras litúrgicas se concentram nos eventos que levaram ao trágico momento de sua paixão, morte e ressurreição. O evangelho de hoje, no entanto, começa com um detalhe aparentemente mundano: Entre aqueles que subiram para adorar no festival estavam alguns gregos. Estes se aproximaram de Filipe, que vinha de Betsaida na Galileia, e fizeram-lhe este pedido: 'Senhor, queremos ver Jesus.' Filipe foi falar com André, e André e Filipe juntos foram falar a Jesus. Será que o ponto é destacar a expansão de sua influência além do mundo judeu? Ou acentuar o perigo físico em que Jesus estava e a necessidade de segurança?

Em muitos momentos da vida, a própria incerteza sobre qual poderia ser a interpretação correta aguça nosso senso de realidade. Com que frequência temos uma sensação de incerteza sobre o significado de algo ou o sentimento incipiente de falta de sentido, ao mesmo tempo em que sentimos que algo de grande importância está em andamento? Os detalhes passageiros das últimas horas de vida de um ente querido podem permanecer conosco pelo resto de nossas vidas. Em momentos importantes, prestamos atenção a tudo, incluindo todas as pontas soltas e perguntas não respondidas da vida.

A partir deste ponto no ciclo da Quaresma, somos levados adiante em uma história de intensidade inevitável, inseridos em uma sequência de eventos que já ouvimos antes. Mas, como acontece com as crianças, a repetição os torna novos.
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Reflexão da Quaresma
Sábado da quarta semana da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

Falando em preferências… Você prefere meditar sozinho ou com outras pessoas? E por quê?

Algumas pessoas acham que meditar com outras pessoas é benéfico porque a presença de outras pessoas as ajuda a fortalecer as disciplinas básicas da prática, como regularidade, pontualidade, quietude física e meditar em tempo integral. Se você faz parte de um grupo, digamos em um retiro ou em uma comunidade meditando em horários regulares durante o dia, quando você vê a hora ou ouve o sino chamando, alguma força adicional entra em ação para puxá-lo para o espaço de meditação. Você se sente física e emocionalmente parte de algo, e sua presença com os outros no grupo completa isso. Você pode até sentir que é quando as pessoas meditam na presença umas das outras, que “meditação é criar comunidade”. De forma física, durante a meditação, a disciplina da quietude, do corpo e da mente, trabalham juntos. Controlar sua tosse, pigarro, espirrar e coçar torna-se uma parte generosa de sua contribuição para a quietude pacífica de todos os outros ao seu redor.

Por outro lado…

Prefiro meditar sozinho porque é uma prática solitária. Eu não posso meditar por você, nem você pode por mim. Sim, podemos meditar juntos, mas depois há ainda mais distrações. E se eu estiver ao lado de alguém com uma queixa de coceira na pele, uma barriga barulhenta ou uma tosse persistente ou, que muda sua postura sentada a cada poucos minutos? Poderia me lembrar de uma história zen que coloca a culpa em mim. A raiva que sinto já está dentro de mim, etc. 

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Reflexão da Quaresma
Sexta-Feira da quarta semana da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

É comum dizer-se que os ensinamentos espirituais em todas as tradições nos urgem a desenvolver uma atitude indiferente em relação à felicidade ou infelicidade. Isso reflete o ensinamento de Jesus de que o sol da divina benevolência brilha igualmente nas coisas boas ou más. Isso significa que não deveríamos ter uma preferência? Ou, mais realisticamente, que deveríamos aceitar o áspero e o suave e tomar o áspero de forma afável sem reclamar? Os ensinamentos Budistas dão ênfase ao perigo de apegar-se a qualquer lado da experiência porque então oscilamos entre aversão e possessão. No entanto, os Budistas não são indiferentes. Eles acreditam em reduzir o sofrimento e em um estado para o qual deveríamos aspirar. De forma similar, o Evangelho nos ensina a “considerar que os sofrimentos do tempo presente não são comparáveis à glória a ser revelada dentro de nós” (Rm 8:18). 

O problema em assumir que deveríamos ser igualmente felizes com sofrimento ou alegria é que isso não é realista. Não é verdadeiro em relação à natureza humana ou em relação ao significado de sofrimento. Não é desapego – estaria mais para alienação. A verdadeira sabedoria das tradições espirituais é evitar o sofrimento que podemos evitar e aceitar de forma afável o que não podemos evitar, com a confiança de que o sofrimento tem algum significado. Então somos aproximados da fonte de alegria dentro de nós que é refletida em todos os ciclos naturais. 

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Reflexão da Quaresma
Quinta-Feira da quarta semana da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

O Ramadã é o equivalente muçulmano da Quaresma.

Os muçulmanos fiéis jejuam todos os dias até o pôr do sol, pois marcam o mês em que o Alcorão começou a ser revelado ao profeta Maomé. O início real do Ramadã depende da primeira aparição da nova lua crescente, que este ano ocorreu no último domingo na Arábia Saudita.

Enquanto começa o jejum de comida e bebida, continua a escalada inabalável da violência em Gaza. O cessar-fogo que as nações civilizadas têm apelado não foi viabilizado. Corredores humanitários não foram criados de maneira suficiente para permitir que a ajuda chegue às pessoas em sofrimento extremo. Crianças, mulheres não combatentes e homens idosos continuam a ser mortos e o número de mutilados física e mentalmente que entram numa vida de extrema dificuldade, aumenta todos os dias.

Enquanto o jejum religioso começa, a ONU alertou que a fome no norte de Gaza é praticamente inevitável.

Os seres humanos não são interessantes? Há uma história de Auschwitz sobre um grupo de rabinos que estava discutindo se Deus havia quebrado sua aliança com Seu povo escolhido ao permitir a Shoah. Exaustos e famintos no final do dia, eles convocaram um tribunal em sua cabana gelada para julgar Deus. Não demorou muito para considerá-lo culpado. Ele havia claramente abandonado Seu povo. Então o rabino presidente concluiu: ‘agora faremos a oração da noite e dormiremos’.

Certa vez perguntei a um velho rabino amigo meu se ele achava que Deus tinha favoritos. Ele disse que quando jovem não tinha dúvidas: eram os judeus. Mais tarde, ele passou a acreditar que Deus não tinha favoritos, mas amou a todos igualmente sempre. Agora, disse ele, sente que os favoritos de Deus existem: são os ‘anawim’, os mais pobres, abandonados, rejeitados pela humanidade, independentemente da sua fé ou etnia.
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Reflexão da Quaresma
Quarta-Feira da quarta semana da Quaresma
Por Laurence Freeman OSB

Ao longo do seu ensinamento, Jesus diz especificamente aos seus ouvintes para abandonarem o seu estado habitual de ansiedade. Ele os exorta a “acalmar seus corações perturbados e abandonar seus medos.” Na mesma linha, São Paulo diz às suas comunidades cristãs incipientes que o guia e a bússola de toda a sua vida de sentimento e ação deve ser a paz de Deus que está “além da compreensão”, em vez de conflito e desânimo incessantes. Não devemos e não precisamos viver oprimidos pelo medo e pelo estresse, pela ansiedade, pelo pavor ou pelo pânico.

Vivendo numa época de ansiedade que atinge níveis que estão ligados a doenças físicas e mentais crônicas, depressão, obsessão e incapacidade de concentração, insônia e problemas digestivos, podemos ouvir Jesus, agradecer-lhe pelas belas palavras e pensar “bem, isso é fácil para você dizer”.

Na verdade, ele não está dando conselhos, mas sim um ensinamento confiável e um desafio para fazer uma jornada que parecerá longa e difícil. Ele indica como isso pode ser alcançado: abraçando o dom da paz que promete deixar quando partir. Uma paz “tal como o mundo não pode dar” – a redução de curta duração do estresse criado pela autodistração e pelo consumo excessivo – mas a sua própria paz. Mas como você pode dar paz a outra pessoa que seja mais do que um braço reconfortante em volta do ombro? Ele parece estar falando de uma transmissão direta e direcionada, cara a cara, de coração a coração, de uma energia infinitamente renovável.
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Reflexão da Quaresma Segunda-Feira da quinta semana da Quaresma Por Laurence Freeman OSB É quando nos despedimos de alguém que começamos a entender o que o tempo passado junto realmente quis dizer. O final de algo nos permite ver o todo, começo, meio e fim, e seu significado é mais fácil de ser entendido. Podemos sentir tristeza pela separação ou pela perda prestes a ocorrer. Podemos também sentir algumas oportunidades perdidas, o que faz com que sintamos não apenas termos passados momentos maravilhosos juntos, mas também que algo está incompleto e há um vestígio potencial do que não foi realizado. Talvez seja por isso que as despedidas irlandesas demoram tanto, para que as pessoas tenham tempo para refletir sobre todos esses sabores de significado antes de partirem. Mas, provavelmente também não seja isso, talvez apenas gostem de conversar, e as pessoas tendem a falar mais no final porque pode ser que não haja outra oportunidade. Dizer adeus – como Jesus está fazendo em muitas das passagens das Escrituras que leremos entre agora e a Semana Santa – a semana do longo adeus – nos impressiona porque o que passou pode nunca mais se repetir. Podemos dizer ‘au revoir’ ou ‘hasta la vista’ ou ‘até breve’ – mas saibamos que, se e quando o fizermos, seremos pessoas diferentes. Nós nos reconheceremos, mas quanto poderá ter sido esquecido, descartado ou terá desaparecido completamente das páginas da memória. De certo modo, então, em cada reunião futura começaremos de novo. Cada despedida é uma morte sofrida na esperança de uma ressurreição. Mas a certeza da esperança – que é a fé – não significa que a morte não transforme e transfigure tudo. Compreensivelmente dizemos: ‘Não vamos esperar tanto para nos vermos de novo.’ Há uma singularidade e uma não repetibilidade em cada encontro, em todas as relações e contatos, por mais breve ou duradouro que sejam, íntimo ou superficial. A singularidade é a impressão digital de Deus em tudo nesta vida no tempo e no espaço. Nicholas de Cusa foi um grande pensador cristão do século XV – cardeal e reformador ativista da igreja– visto hoje como uma transição entre o mundo medieval e o mundo moderno. Ele antecipou muitos temas da modernidade. Seu principal insight foi a “coincidência de opostos”, como sendo a base da verdade e, portanto, uma maneira especialmente boa de descrever Deus. Significa que Deus não precisa mais ser pensado como separado e fora do mundo humano e natural que Ele chamou para existir. Ele está aqui conosco mesmo quando está ausente e está ausente, ou se ocultando, quando Ele se faz mais presente. Aprendi recentemente que Nicholas foi a primeira pessoa a estudar o crescimento das plantas e ver que as plantas obtêm nutrição do ar – e que o ar tem peso. Incrível o quanto podemos fazer na vida quando não gastamos tempo com o tempo – economizando em dispositivos e tentando tornar nossas vidas mais convenientes ou produtivas. Aproximar-se de Deus como a base do ser une até os objetos mais polarizados da consciência na “origem sempre presente” e amplia a tenda da consciência que é a nossa casa neste universo. Isto muda até mesmo a finalidade da morte, e assim fazem as despedidas cotidianas um pouco mais fáceis. ………… Acompanhe as reflexões diárias no site: https://www.wccm.org.br/quaresma-2024 #quaresma2024 #reflexãododia #meditaçãocristã #laurencefreeman #WCCM